Solução à falta de máscara de ar levará dois anos


Desde sexta-feira, aeronaves do Brasil e dos Estados Unidos não têm mais o equipamento nos banheiros.
No Brasil, passageiros de TAM e Gol não foram avisados da mudança, e tripulação não teve treinamento específico.

Ricardo Gallo.

Os aviões devem ficar até dois anos sem máscaras de oxigênio nos banheiros. Esse é o prazo que a FAA (agência americana de aviação) estipulou para achar uma solução técnica para o assunto. O tema será discutido pela FAA com autoridades internacionais de aviação -Anac, inclusive- e com a indústria.
A remoção das máscaras dos banheiros foi concluída na última sexta-feira nos Estados Unidos e no Brasil, como antecipou a Folha.com. A mudança se deveu ao temor, pela FAA, de que o gerador químico de oxigênio dos banheiros fosse usado como explosivo em ato terrorista.
No Brasil, passageiros de TAM e Gol, pelo menos, ainda não foram avisados da mudança. As duas companhias detêm 80% do mercado. Sem a máscara, quem estiver no banheiro fica sujeito aos riscos de uma eventual despressurização em voo.

Nesse cenário, em altitude de cruzeiro (12 mil metros), um passageiro tem entre 7 e 20 segundos até começar a ser afetado pela falta de oxigenação no cérebro, que causa confusão mental, depois coma e, no limite, morte.
Embora as companhias tenham avisado as tripulações sobre as máscaras, não houve treinamento específico. Caberá aos comissários ir até o banheiro para socorrer os passageiros, segundo a norma distribuída pela Anac. O procedimento de um avião que despressuriza é descer até ser possível respirar sem máscaras, o que leva cerca de dois minutos. TAM e Gol dizem seguir a determinação da Anac. Esta, por sua vez, informou que vai discutir qual o procedimento a ser adotado nas aeronaves.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO / NOTIMP

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